Lista homologada hoje (9) pelo
Governo do Estado será importante para que Estado e municípios avancem nas
medidas de proteção à fauna
O
Governo do Estado homologou hoje (9) a lista de espécies da fauna gaúcha
ameaçadas de extinção. A listagem (que pode ser
vista aqui na íntegra), primeira atualização feita desde
2002, indica que o Rio Grande do Sul possui 280 espécies de sua fauna em algum
grau de ameaça de extinção (Vulnerável, Em Perigo ou Criticamente em Perigo)
além de 10 já extintas. Significa que estão ameaçados 22% dos mamíferos, 18% dos
peixes de água doce, 16% dos anfíbios, 11% dos répteis e 14% das aves nativas do
Rio Grande do Sul. A lista, coordenada pela Fundação Zoobotânica (FZB) com apoio
da Secretaria Estadual do Meio Ambiente (Sema), é resultado do trabalho de 129
especialistas de 40 instituições que analisaram o estado de conservação de 1,6
mil espécies.
“Com
essa atualização, o Rio Grande do Sul cumpre um dos principais compromissos
assumidos pelo Brasil na Convenção sobre Diversidade Biológica (CDB) - reforçado
recentemente pelas Metas de Aichi para a Biodiversidade”, reforça o diretor
geral da Sema, o biólogo Luís Fernando Perelló. “Ou seja, trata-se de monitorar
a biodiversidade produzindo listas de espécies ameaçadas e, partir daí,
construir planos de ação para tentar reverter ou pelo menos estancar o quadro de
espécies ameaçadas”, explica. Para
Perelló, nesse sentido, é importante também que, além do Estado, os municípios
observem as espécies ameaçadas em suas localidades e criem medidas de proteção.
"Uma lista de espécies ameaçadas serve para subsidiar as políticas públicas e
também como um termômetro de como o ser humano está tratando o ambiente
natural", completa Glayson Bencke, coordenador geral do trabalho e pesquisador
do Museu de Ciências Naturais da FZB.
Os
critérios, procedimentos e definições utilizados para a revisão da lista foram
desenvolvidos pela União Internacional para a Conservação da Natureza (IUCN,
sigla em inglês), amplamente empregados em avaliações das condições de
conservação de espécies em nível global e regional (países ou estados).
A revisão
periódica da lista é prevista tanto no Código Estadual do Meio Ambiente como no
Decreto Estadual 41.672/2002, que também estabelece a obrigatoriedade da
constituição de uma comissão multi-institucional formada por especialistas em
fauna para coordenar o processo.
Tecnologia
de ponta
Para
a revisão da lista, foi desenvolvida pela FZB e Procergs uma ferramenta
inovadora, o "Live", sistema digital operado via web. Ele auxilia na elaboração
e revisão de listas de espécies ameaçadas de extinção, permitindo documentar e
gerenciar todas as etapas do processo de organização das chamadas listas
vermelhas.
Graças
ao Live, que permite acesso remoto às bases de dados, formulários de avaliação
de espécies e documentos relevantes, a maior parte das atividades relacionadas à
revisão da lista pode ser desenvolvida à distância, sem a necessidade de
reuniões presenciais, o que viabilizou a participação de um grande número de
especialistas e reduziu significativamente os custos do processo de
reavaliação.
Ameaça
por grupo (índice e número)
Invertebrados – 39% (49 espécies)
Peixes – 18% (74 espécies)
Anfíbios – 16% (16 espécies)
Répteis – 11% (12 espécies)
Aves – 14% (91 espécies)
Mamíferos – 22% (38 espécies)
Invertebrados – 39% (49 espécies)
Peixes – 18% (74 espécies)
Anfíbios – 16% (16 espécies)
Répteis – 11% (12 espécies)
Aves – 14% (91 espécies)
Mamíferos – 22% (38 espécies)
Espécies
por categoria de ameaça
Vulnerável – 99 espécies
Em perigo – 108 espécies
Criticamente em perigo – 73 espécies
Vulnerável – 99 espécies
Em perigo – 108 espécies
Criticamente em perigo – 73 espécies
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51 3288.8114 / 8115 / 8182
51 8444.763851 3288.8114 / 8115 / 8182
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